Conscientizar para respeitar
A prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA), é de 1 para cada 36 indivíduos (de acordo com a última pesquisa realizada neste ano de 2023). As pessoas dentro do Espectro não apresentam características físicas aparentes que definam seu diagnóstico, portanto, uma das campanhas é “AUTISMO NÃO TEM CARA”. E gosto sempre de lembrar que devemos CONSCIENTIZAR PARA RESPEITAR, pois não respeitamos o que não conhecemos.
O TEA tem como principais características:
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Interação Social: dificuldade em manter contato visual; reconhecer expressões visuais; expressar emoções; por isso, dificuldade em interação social.
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Comunicação: Uso repetitivo da linguagem e pouca assertividade em conversações;
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Comportamento: Estereotipias (balançar as mãos, por exemplo); necessidade de rotina; interesse excessivo em algo específico e dificuldade em compreender metáforas;
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Sensibilidade Sensorial: Aversão ao toque ou necessidade extrema de contato; sensibilidade auditiva, etc.
Uma das principais abordagens utilizadas no atendimento de pessoas autistas, é o ABA, sigla em inglês para
Applied Behavior Analysis, que em português é traduzido para Análise Comportamental Aplicada e envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para a promoção da autonomia, independência e qualidade de vida.
No instituto, é realizado entrevista e avaliação inicial para escrita do Plano de Ensino Individualizado, que é o guia que orienta todos os atendimentos e a escolha dos protocolos comportamentais que serão aplicados. Os atendimentos são supervisionados por especialistas na área e os protocolos são registrados em gráficos, capazes de mensurar a evolução dos pacientes, visto que a abordagem ABA é uma ciência. Embora sejam aplicados protocolos, os atendimentos buscam ser lúdicos, individualizados e humanizados, em que o vínculo paciente-terapeuta é imprescindível.
Além disso, são oferecidos grupos terapêuticos para o acolhimento de responsáveis e cuidadores, orientações parentais oportunas, reuniões mensais, relatórios de evolução, reuniões e orientações escolares e atendimento domiciliar (quando solicitado pelo médico).
Todos os serviços oferecidos em relação ao processo terapêutico de pessoas dentro do espectro têm como objetivo atendê-lo integralmente, em todos os ambientes no qual ele faz parte, promovendo assim, o seu bem-estar, autonomia, qualidade de vida, porém, também temos o compromisso social de promover reflexões e transmitir informações corretas a respeito do TEA, para a compreensão do transtorno como um espectro, a superação de preconceitos e violências, e a inclusão.